Anteriormente, falamos sobre a origem da liderança 4.0 e também o que significa empoderar seu time e entendemos que um ponto importante é a maturidade. Gosto de utilizar a definição do próprio dicionário que nos traz que “maturidade é uma condição de plenitude em arte, saber ou habilidade adquirida.“
É o termo último de desenvolvimento para o momento, o desafio atual.
Não existe maturidade sem que se tenha passado pelo processo de amadurecimento.
E, no âmbito profissional, a liderança deve contribuir, a organização pode contribuir e o profissional precisa participar ativamente desse processo de amadurecimento. Contribuir com o amadurecimento de outros demanda ainda mais, pois você se torna um agente ativo no processo, podendo contribuir mais ou menos. Ou, até mesmo, atrapalhar, caso você não conheça bem o seu papel. E aqui mais uma vez: não damos o que não temos.
Quem nunca passou por gestores imaturos, preocupados com seus cargos mais do que com os resultados? Quem nunca passou por um líder que tinha medo de que as pessoas crescessem? Medo de ser substituído, de ficar obsoleto? Um gestor que assume seu papel de elevar o patamar de maturidade do seu time, mostra-se também maduro. E tem a consciência de que não se trata de algo sobre ele e sim de algo muito maior. Também que quanto mais maduro, competente e habilidoso é seu time, mais ele – gestor – brilhará como líder e profissional. É consequência natural, não precisa se esforçar pelo brilho, o esforço deve ter o foco em contribuir para o desenvolvimento e a maturidade de cada um e fortalecer o todo. O alto desempenho aparecerá como consequência natural. É como bolha de sabão na banheira, as de cima sobem quando empurradas pelo crescimento das bolhas que estão embaixo. Neste caso, destaco que as palavras “em cima” e “embaixo” não têm qualquer conotação de hierarquia ou valor, mas sim de maturidade, experiência, desenvolvimento e entrega.
Profissionais empoderados e maduros são naturalmente pessoas com melhor desempenho.
E quanto melhor o desempenho, menor o esforço para o mesmo resultado. E se o desempenho melhora, o resultado geral melhora também, não é mesmo?
Quando o desempenho é medíocre, mediano, seja por falta de habilidades, ferramentas, gestão ou apenas por ter assumido um novo desafio e ainda estar no início, o esforço é muito maior. Junto dele vêm o cansaço, a frustração, a diminuição da autoconfiança e o aumento do estresse, certo? Qual a consequência? O desempenho piora. E ainda sobrecarrega todos os impactados pela sua atuação. Ou seja, aumenta o nível de estresse do indivíduo e dos que estão à sua volta.
Segundo Klaus Schwab, o desafio da liderança é moldar esse momento para garantir que seja empoderador e centrado no ser humano, ao invés de ser divisionista e desumano. E aqui a liderança 4.0 ganha relevância ainda maior. Afinal tudo isso impacta no futuro do trabalho, das nossas relações, no futuro da sociedade, mas também nesse futuro que, na verdade, já é presente!